Para marcar o encerramento do ciclo educativo promovido pelo Programa “Escola Viva”, no contraturno escolar, das unidades da rede municipal de educação, em 2024, a Secretaria de Educação (Seduc), em parceria com a Secretaria de Cultura (Secult), realizou o ‘Festival Viva: todas as emoções contam’. Centenas de estudantes, de diversas unidades municipais, se reuniram em apresentações de arte, cultura e música, demonstrando o que aprenderam e desenvolveram no decorrer deste ano.
Foram três dias de espetáculos, apresentações e muita diversão para os participantes. No primeiro dia, o festival ocorreu na quadra da Seduc, no bairro Santa Cruz Industrial. No segundo dia, o palco foi o auditório do CEU das Artes, no Ressaca. O encerramento, no terceiro dia, foi realizado no Espaço do Encontro, na sede da Prefeitura.
Neste ano, a Seduc desenvolveu um caderno orientador com o tema ‘Todas as Emoções Contam’, que serviu como referência para as escolas desenvolverem suas atividades.
A secretária de Educação, Telma Fernanda Ribeiro, destacou a importância do projeto para a educação da cidade. “O Escola Viva é a nossa grande proposta de fazer da escola um lugar melhor para as crianças e jovens crescerem e desenvolverem suas habilidades, além de conhecerem o mundo da arte, da cultura”.
Muito além da arte
O primeiro dia do Festival Viva contou com a presença dos estudantes das escolas municipais Sandra Rocha, Professor Domingos Diniz, Cel. Antônio Augusto D. Costa, Sócrates Mariani Bittencourt, Virgílio de Melo Franco e Educarte Estação do Saber. Os estudantes fizeram apresentações de taekwondo, dança e música.
Larissa Fernanda, 11, estudante do Sócrates Mariani Bittencourt superou seus próprios medos para a apresentação. “Achei bem legal. Eu nunca tive muita coragem para fazer atividades como essa e entrar no projeto me ajudou a evoluir”.
Os estudantes fizeram apresentações de dança, música e taekwondo no primeiro dia do Festival Viva - Fotos: Luci Sallum/PMC
“Muito bom, me diverti muito. O ‘Escola Viva’ me ajudou com a minha coordenação motora. Eu também era bem tristinha e, depois que entrei, fiquei bem animada”, comemorou Letícia Santos, 12, também do Sócrates Mariani Bittencourt.
Rayssa Rafaelo, 11, da escola Virgílio de Melo Franco, valorizou as experiências que teve com o programa. “Estou achando o evento incrível. Espero que a gente volte mais vezes. Eu gosto muito de fazer as aulas de taekwondo e as aulas de horta e reciclagem”.
“Achei muito emocionante, é uma honra participar do evento como estudante”, destacou Luiza Cristina, 11, da Virgílio de Melo Franco.
Outras atrações do dia foram a apresentação do grupo ‘Segunda RAP’ e o Grafiti nos muros da Seduc, viabilizados pela parceria com a Secretaria de Cultura.
Na oportunidade, os participantes ainda puderam interagir com duas exposições, produzidas por alunos da rede, inspirados no Projeto ‘Todas as emoções contam’, e instaladas nos corredores da Seduc.
Baseados no tema "Todas as emoções contam", estudantes desenvolveram trabalhos de pintura expostos na Seduc - fotos: Luci Sallum/PMC
Na exposição ‘Paisagens sonoras da Heitor Villa Lobos’, os estudantes puderam escutar os sons que representam os ambientes mais frequentados pelos alunos dentro da escola Heitor Villa Lobos.
“As pessoas ficam surpresas quando elas associam o som que elas estão escutando à descrição do ambiente, elas têm se reconhecido nesses sons. Isso traz à memória das pessoas o sentimento de afetividade e de reconhecimento dos espaços”, destacou o agente cultural Brian Cerqueira, responsável pelo projeto junto aos estudantes.
A outra exposição, ‘Entre a realidade e o subconsciente: uma experiência sensorial’, da escola Pedro de Alcântara Júnior, envolve pintura em aquarela, para retratar o subconsciente; modelagem e pintura, ao retratar os signos e arquétipos, e o desenho com ilusão de ótica, para abordar os sonhos e pesadelos.
Apresentações teatrais
No segundo dia do festival, o CEU das Artes Ressaca recebeu os estudantes da escola municipal Professora Audrei Consolação Ferreira de Freitas Costa (CEI Ressaca) que acompanharam e apresentaram diversas peças de teatro.
Os alunos da escola apresentaram as peças ‘Lurdinha quer Casar’ e ‘A vida não é justa e a morte também não’. Além disso, houve a apresentação de ‘Pinóquio’, feita pela escola Geraldo Basílio; ‘Janjão e AnaBela’ do Centro de Apoio Santo Hermann José (Cepa) e esquetes da Trupe CEI em CENA. As atrações agradaram ao público.
As apresentações de dança e teatro feitas pelos alunos encantaram o público que prestigiou o festival - Fotos: Beatriz Torres/PMC
Estudantes do CEI Ressaca, Éder Júnior e Ana Flávia Silva, ambos com 12 anos, tiveram desenvolveram um sentimento positivo pelas artes. “Quero agradecer o pessoal que veio hoje ver a gente. No ‘Escola Viva’ eu estudo, aprendo e copio os textos de teatro que o professor passa pra gente”, disse Éder. “Fiquei muito eufórica com a apresentação. Dentro do programa eu aprendi e gosto muito de circo e dança”, completou Ana.
Iago Camargo, 9, da escola Geraldo Basílio, aprendeu a admirar o teatro. “Ganhei uma paixão pelo teatro por causa do projeto. No projeto, eu gosto de cantar e das aulas de teatro também”.
O orgulho em participar dos projetos alcança não apenas os estudantes, mas também professores. “Estou muito feliz com o trabalho. A apresentação dos estudantes é resultado de um processo. Por causa do teatro eles se tornaram mais organizados, comprometidos e leem melhor. O que eu busco é que os estudantes possam dialogar entre si e comigo também”, disse Ângelo Coimbra, ator e agente cultural do CEI Ressaca, mais conhecido por seu nome artístico “Anjinho, o tal”.
Música e cultura circense
O terceiro e último dia do festival também contou com diversas atrações que divertiram e colocaram os estudantes no centro do palco, destacando seu protagonismo dentro da educação em Contagem. Os espetáculos artísticos ficaram por conta da escola Sônia Braga da Cruz Ribeiro Silva, com uma apresentação de arte circense; das escolas Professor Wancleber Pacheco e Maria do Carmo Orechio, com apresentações de tambores, cantos, maculelê e capoeira. A cantora de Hip Hop, Miss Black, também contagiou o público.
Arthur Gabriel e Maria Luiza, 13, estudam na escola Heli Horta e participam ativamente do ‘Escola Viva’. “Tem muita atividade, a gente sai do espaço da escola, da rotina do dia a dia, aprende nas praças, vai na praça da Jaboticaba”, apontou Arthur. “Estou há dois anos no projeto e gosto bastante. A gente pode aprender sobre novas coisas que também auxiliaram muito na hora das atividades em sala”, afirmou Maria.
Anne Franciele, 11, é estudante do Wancleber Pacheco e foi uma das artistas a se apresentar no dia. “Hoje eu cantei, foi bem legal. Gosto muito do projeto, das brincadeiras”.
No terceiro e último dia do festival, apresentações de dança, circense e capoeira fecharam o ciclo de espetáculos - Fotos: Isaías Reis
O professor de artes circenses da escola Sônia Braga, Kelvin Chaves, ressaltou o impacto do ‘Escola Viva’ no desenvolvimento dos estudantes. “O circo é uma ferramenta de mudança e as crianças estão transformando a vida delas, não só artisticamente, mas culturalmente, na forma de agir, na forma de lidar com as outras. Elas não ficam mais só no celular, agora querem fazer atividade física”.
Além do festival, estão sendo promovidas diversas apresentações artísticas das escolas por todas as regiões da cidade.
Escola Viva
Desde 2021, a Prefeitura de Contagem implementou uma nova forma de fazer educação, para quase 60 mil estudantes da rede municipal, com o lançamento do Programa “Escola Viva”, que promoveu a ampliação do tempo de permanência nas escolas, reforçando a aprendizagem com uso de tecnologia, além de valorizar atividades artísticas e culturais. Para tanto, houve um investimento superior a R$ 30 milhões até o momento.
O Programa “Escola Viva”, reforça o compromisso da atual gestão do Executivo por uma cidade educadora, com atividades extraclasse e por uma educação integral e integrada, enriquecendo os processos de aprendizagem e construindo práticas pedagógicas que valorizam os estudantes. As atividades ocorrem no contraturno escolar e os estudantes permanecem na escola durante todo o dia, com acompanhamento profissional, lanche e almoço.
Todas as Emoções Contam
O caderno orientativo direciona as ações das equipes de educação integral para promover um ambiente de letramento emocional, de entendimento das relações humanas, da importância da percepção do outro e de si mesmo. Além de incentivar a promoção de pequenos saraus nas escolas da rede municipal de educação para celebrar a diversidade criativa do programa.
Clique aqui e confira as fotos do 1º dia do Festival Viva
Clique aqui e confira as fotos do 2º dia do Festival Viva (Fotos: Beatriz Torres)
Clique aqui e confira fotos do 3º dia do Festival Viva (Fotos: Isaías Reis)